sábado, 27 de março de 2010

A GORDA E O PICARETA

Caso verdadeiro, ocorrido com minha irmãzinha adorável e contado pela própria...

"Em Fevereiro resolvi procurar um endocrinologista pra ver o motivo de ter engordando tanto no último ano.

Pois bem, cheguei à recepção do consultório que o DR divide com mais dois de outras especialidades.

Ainda bem, porque senão nem conseguiria entrar na sala, com tanto gordo.

Me apresentei à secretária, aquela assim, analfa de pai e beta de mãe, que fala ADAPITA, CAPITA, MEIA DOENTE...e por aí vai. A tal fez minha ficha e mandou que eu aguardasse.

Pois bem, obedeci, mas fiquei numa sinuca de bico, porque todos os assentos estavam ocupados.De repente olhei uma cadeira vazia e me alegrei. Pensei - uai, como pode ter tanta gente em pé se tem uma cadeira vazia?

Fui me acomodar....tentar, né?

Logo descobri o motivo. De um lado estava sentado um MAMUTE e do outro um HIPOPÓTAMO.

Fiquei igualzinho uma salsicha no meio do pão de cachorro quente.

E o tempo foi passando, e chegando gente, e o calor aumentando, e nada de me chamar. Uma loucura, vocês não tem noção.

Pensei cá com meus botões - ninguém precisa de um castigo desses, só quem abre o comedor e esquece que um dia vai ter que enfrentar a fila com os obesos.

Naquele momento comecei a me redimir do pecado da gula. Meu nome é gritado e lá vou eu.

Tinha a esperança de que fosse ficar pelo menos mais confortável lá dentro.

Quando entrei a secretária foi junto para falar ao médico sobre a chave do carro que o corretor de seguros havia deixado, etc, etc.

Iniciamos a consulta.

O médico começou a falar tão baixinho que quase caí da cadeira para ouvi-lo, mas pior do que isso - o médico era GAGO E FANHO!!! Oh my god! Help me!

Um absurdo - primeiro ser esmagada por duas criaturas abomináveis, e agora ter que entender o que um fanho gago estava falando comigo.

Fomos para a etapa seguinte: fazer um exame para ver como estava de massa muscular, banha e metabolismo.

Quando deitei para o tal do teste, pelo qual tive que pagar 95,00 porque a UNIMED não cobre (lógico, a UNIMED não paga farsas...)olho para cima e o que vejo? Uma roda imensa de mofo por conta de um provável vazamento.

Saímos, pediu uma porrada de outros exames para depois eu voltar lá.

Mas o pior está por vir. Além de fanho e gago o dr. é surdo. Sim, SURDO!!!!! Só pode ser, porque assim que iniciamos a consulta eu disse a ele que queria fazer os exames pra ver se estava tudo bem comigo, que seguiria o regime direitinho, mas que não tomaria nenhum medicamento.

Na saída, ao me entregar os pedidos dos exames, me entregou junto uma receita pra TRÊS remédios.

Por isto falo pra vocês: antes de irem num médico perguntem se fala e ouve direito, porque correm o risco de sair como eu, sem resolver nada e ainda gastando com um exame que é uma boa de uma picaretagem.

Resolvi então tomar vergonha na cara e cá estou eu, baixando o ponteiro da balança cada vez mais.

Se voltei pra revisão? Adivinhem...

FECHEM A BOCA, ANTES QUE TENTEM LHE ESMAGAR NUMA SALA DE ESPERA!

TÊ"

FESTA E CASTIGO

Madrugada de alívio - os assassinos voltam pra onde nunca deveriam sair.
Chego do aniversário de Amélia e assisto na tv a sentença do casal Nardoni. Deu uma tristeza danada acompanhar este caso, ver como a humanidade é imperfeita e cruel. Nunca consegui entender a possibilidade de alguém maltratar o outro, ainda mais se esse outro for uma criança. Mas tem sim, quem faça isto. Lembro dos outros casos que não tiveram tanta repercussão - João Hélio, João Guilherme e muito anônimos. Será que os assassinos deles estão presos? Enfim, acredito que o mundo acordou hoje de alma lavada.
Mas tem outros tipos de castigo que são divertidos. Como já contei, teve a festa de minha prima querida, organizada por Cristina e Beth. Moças bacanas e letradas, mas de uma inocência de dar dó. Fizeram os convites segunda-feira, incluindo os maridos encantadores - acho que o meu é mais, só que cada uma delas acha que é o seu.
Terça-feira novo telefonema, desconvidando a ala masculina. Olharam no site do Climatempo e viram chuva a semana toda, então a macharada não ia caber no espaço destinado à festa. Tá bom. O encontro será só de mulheres...
Até quinta nem sinal de chuva. Por mais que catassem uma nuvenzinha, só viam estrelas. Outro telefonema: reconvidar os moçoilos d'antes renegados.
Não conseguiram recuperar muitos deles, que fizeram outros compromissos. Resultado: mulher saindo pelo ladrão e uns poucos gatos pingados, mesmo assim aqueles que desconsideraram os brios e foram aproveitar a festa.
Organizadoras castigadas pelo Climatempo...
Claro que num lugar que abriga tantas mulheres conversa pouca é bobagem. Então - o falatório rompeu a noite, e não me lembro de nenhum assunto em especial, mesmo porque foi naquele esquema de pular de uma coisa pra outra e não terminar nenhuma. Miriam se empolgou com nosso reencontro depois de tantos anos que não perdeu tempo - ligou pra Gontijo, reservando passagem pro meu aniversário de 2011...
Ô gente, tem coisa mais bacana e doida que mulher?
Bom motivo pra gente se encontrar de novo - arrematar cada um dos tópicos lançados na roda feminina.
Beth não bebe e ficou encarregada de devolver as que estavam mais alteradas pela dosagem alcoólica. Penso que ficou preocupada de que eu me perdesse de Lela, como na última festa, em que voltamos as duas de táxi e só dei falta de minha colega quando cheguei em casa. Ficou na casa de Frango? Caiu do carro em movimento? Tava sentada na frente e eu não vi? Perguntei ao motorista que, gentilmente, me informou que a deixou em casa antes de mim.
Voltamos rindo e nos lembrando de palavras jecas - absorto, soslaio, balaustrada... não importa a que cada uma delas se referia, só que rimos sem parar. Rir é muito melhor que lembrar assunto, né não?
Consegui equilibrar numa só mão 4 trufas "tapeia-marido" e adoçar a boca de meu amor chegando mais pra lá do que pra cá. Aprumei o corpo, ajeitei a bolsa, fiz cara de elegante, falei umas bobagens, deitei aconchegada frente à tv e dormi feito um anjo.
Whisky bom é um perigo...

segunda-feira, 8 de março de 2010

CASAMENTO NA COMUNIDADE

Teve casamento na Noiva do Cordeiro neste fim de semana. Lindo e emocionante, é como posso descrever.
Fui. Madrinha com convite especial e tudo, fui... Meu Walmir tinha apresentação da peça e precisamos escolher alguém pra me acompanhar. Nêgo, amigo do peito e de cachaça, representou e bem meu par oficial.
Ninguém nunca assistiu a uma cerimônia daquela, aposto. Olhem que já fui a trocentos casamentos, mas nunca me emocionei tanto. Como não têm religião, fazem a cerimônia do jeito deles; escolhem alguém de lá pra fazer o papel de juiz de paz, decoram o salão da casa grande com tudo o que tem direito, inventam função pr'aquele bando de crianças - e nenhuma se sente preterida - florista que distribui flores às madrinhas, outras jogam pétalas na passarela onde a noiva vai desfilar linda, outros entram vestidos de noivinhos, outros levam as alianças e o livro onde é registrada a ata do casamento,enfim, uma beleza mesmo. Todo mundo feliz e orgulhoso em ser merecedor de participar da festa.
Élida e Leandro são, sem sombra de dúvida, os noivos mais felizes que já vi. O tempo todo trocavam olhares apaixonados, prometeram um ao outro coisas que de fato podem cumprir - e não aquela boboseira que o padre fala e a gente repete que nem papagaio - curtiram a festa junto com todo mundo, e ontem de manhã já estavam a postos, pra despedir dos parentes de Montes Claros. Tudo perfeito!
Pra completar a perfeição ainda peguei o buquê. Explico: propus pra Nelma, uma das poucas solteiras da comunidade, que se ela me maquiasse pr'eu sair bacana nas fotos ia entrar no bolo das que sonhavam em pegar o dito cujo. Deu certo. Fiquei esperta e consegui cumprir a promessa. Agora é com ela, porque arranjar o noivo já não faz parte do trato.
Cheguei em casa a tempo de me despedir de Pedro, que partiu pr'uma viagem fantástica de aventura na Amazônia. Foi escalar montanhas e cachoeiras, curtir merecido descanso e ver outras maravilhas além de mim e Ana, sua namorada encantadora...rs
Vá em paz, filho. Minha bênção pra você!