segunda-feira, 12 de outubro de 2009

NARCISO E OS BLOGUEIROS...

Ainda antes do feriadão acabar, faço um balanço dos deliciosos dias que passei junto aos meus. Tivemos tempo pra limpar e transplantar a horta; receber amigos que vieram fazer comidas deliciosas; uma que trouxe a mãe que veio de longe pra nos conhecer - o que nos deu uma alegria enorme, porque são pessoas adoráveis; outros que aproveitaram a folga pra passar o dia conosco trocando figurinhas; rever minha amada irmã e sua trupe, que fugiu do aeroporto só pra tomar um cafezinho aqui em casa e nos encher de beijos; Enfim, muito bons esses dias por conta do à toa.
Uma das amigas que apareceu depois de muito tempo disse uma coisa que me deixou encabulada. Ela acha muito narcisista quem tem um blog. Fala que lê sempre, mas nem comenta porque tem esta opinião.
Tentei entender a impressão dela, respeito e concordo. Bem, sou obrigada a concordar, já que dá uma alegria imensa saber que tem um monte de gente interessada no que escrevemos, pessoas que gostam dos "causos", que riem de nossas trapalhadas - né Liliana?
Tem os que gostam mesmo é de papo cabeça, de quem entende de política, futebol, economia, teatro e o escambáu. Meu Walmir que o diga, porque o blog dele é visitadíssimo e ele nem dá conta de publicar tantos comentários que recebe. Fico até com inveja da popularidade do rapaz...
Aí vem a razão de minha postagem de hoje: é ruim ser narcisista? Devemos pensar primeiro em nós ou nos outros? Estou perguntando, fazendo uma enquete, porque sinceramente não sei.
Todos sabem que tenho um moooonte de filhos, cuido deles e de mais um tanto de gente que me rodeia com grande prazer, mas é porque tenho um prazer ainda maior em tê-los por perto. Nunca me fiz de boazinha, de coitada, que se atropela de trabalho pra servir sem ter algum reconhecimento. Acredito que ninguém é bonzinho sem interesse, que cada um que dá espera um mínimo de retorno afetivo, senão fica muito pesado o tal cuidado. Dá raiva, a gente se sente explorado.
Sempre disse aos meus filhos o quanto meu amor por eles é infinito, mas que eles têm que dar valor aos meus atentos cuidados. O amor pode não acabar nunca - e penso que amor de mãe não tem fim mesmo, mas não sou uma protetora descartável, que serei valorizada enquanto for útil. Nada disso, e meus anjos sabem. Cuidam muito bem de mim, tanto quanto eu deles - menos, mas cuidam...rs
Se tem uma coisa que me irrita é ver alguém falando coisas do tipo: "Nunca tive coragem de me separar por causa dos filhos"; "Faço tudo por todos sem esperar gratidão"; "Cumpro minha missão neste mundo desisteressadamente"... Ah, me poupe!
Ó, quer saber? Sou uma ótima mãe, amiga leal e bom astral, esposa maravilhosa, filha dedicada, irmã-rirmã, patroa justa, e ainda tenho que ser boazinha?
Somos bons. Eu e Narciso. Um brinde aos blogueiros!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

MULHERES MINHAS

Recebi hoje de uma grande amiga linda mensagem sobre as mulheres. Tenho a maior preguiça de abrir qualquer coisa que chegue como encaminhada pr'um monte de gente; acho impessoal, imagino que quem mandou teve preguiça também e mandou por mandar. Na maioria das vezes nem abro, mas esta a que me refiro abri... Grata surpresa!
Linda a mensagem, tanto quanto a amiga, por sinal prima predileta. Acho a palavra "predileta" tão jeca que adotei pra me referir à dita cuja, já que somos tão bacanas que até o que é jeca fica bacana também. Ela sabe o quanto é especial em minha vida, né Frango?
Então - lá vou eu com minhas eternas reflexões e lembranças. Quem não me conhece deve achar que não faço mais nada além de pensar, mas faço, só que fico quieta em meu atelier, trabalhando calada e pensando sempre.
Tenho uma irmã encantadora - Tê é o nome dela. A única, a mais linda, a mais sensacional, a mais vaidosa, a mais amorosa, que diz "te amo" toda vez que desliga o telefone - o que acontece quase todos os dias. Eu também amo muito esta menina. Ciumenta demais, diga-se de passagem. Vira e mexe me cobra uma declaração de amor pública, que nem a que faço agora. É que, apesar de sermos irmãs de pai e mãe, só nos conhecemos de fato há uns poucos anos, uns 10, talvez.
Mas olhem que valeu a pena esperar! Penso que nosso tempo tinha que demorar mesmo um tanto, pra gente crescer e se encontrar no ponto em que aconteceu. Quando me casei pela primeira vez ela 'tava lá nas fotos, de vestidinho azul e tamanco francesinha, uma menina. A menina cresceu e virou um mulherão. Continua brava a bichinha, mas doce como uma criança. Fala alto, chama o mundo na correção, mas é uma doce menina.
Não consigo imaginar minha vida sem ela, sem nossas looongas conversas - quase sempre por telefone, já que moramos longe uma da outra, sem o apoio moral em toda e qualquer circunstância, sem os desabafos da vontade de chutar o pau da barraca... Ah, é muito bom ser sua "rirmã", florzinha!
Explicando: ela me chama de rirmã porque só vivo rindo e ainda consigo fazê-la rir sempre, com meu jeito abaianado, estabanado e desligado. Parece que tudo o que acontece fica engraçado quando estamos juntas. Nossas viagens são sempre divertidas e inesquecíveis, e os fatos conspiram a favor de nossa diversão. Quando a situação parece não ter conserto, consigo parar pra pedir informação - e aí o sujeito informante é gago e caímos na risada. Continuamos perdidas, mas rindo... É ou não é demais ter uma irmã dessas?
Tem ainda minha filha Lis, princesa braba e apaixonante, as grandes amigas, que não posso citar com medo de esquecer alguma, mas cada uma delas sabe o quanto me importa. São mulheres de todo jeito: certinhas, normais, doidas, doidas demais. Gosto de cada uma do jeitinho que é, sem tirar nem por. Algumas vêm desde a infância, outras nem de tanto tempo, mas tão amigas quanto. Bacanas, lindas, complicadas como a maioria das mulheres, chatas e ainda adoráveis, falam demais ou de menos, choram por qualquer motivo e até sem motivo nenhum, amam ou toleram seus homens ou suas próprias mulheres - já que algumas são casadas entre si, cuidam dos pais doentes com uma dedicação infinita, gostam de mim e de minha família, estão sempre presentes nem que seja por e-mail, enfim, nenhum de meus homens já citados n'outra postagem supera minhas mulheres.
Cada um deles tem seu canto em minha vida, abençoada vida. Tenho certeza de que não passei por aqui em vão...