sábado, 12 de junho de 2010

POLVO NO ELEVADOR

Dia dos namorados. Sou muito ligada a datas, mas esta é uma a que nunca dei muita confiança. Passo este dia juntinho de meu amor como passo todos os outros. Tem gente que truva na briga o ano inteiro e hoje dá de fazer surpresa romântica, trocar presente coisa e tal. Fingimento...
Lembrei foi de algumas situações engraçadas de amigas com seus maridos, namorados, amantes, ficantes. O caso mais engraçado foi de uma que ganhou o maior amasso no elevador.
Foi assim: no banco em que tem conta - e tá devendo até o modo de andar, diga-se de passagem - tem um sujeito com quem, vira e mexe, troca olhares e risinhos de canto de boca. Nada comprometedor até então, mesmo porque o rapaz usa uma aliança na mão esquerda maior que o dedo, o que não deixa dúvidas sobre seu estado civil.
Semana passada resolveu o que tinha que resolver com a gerente e se dirigiu ao 3º andar, pro setor de empréstimos. Entrou no elevador e, quando a porta 'tava fechando, um pé masculino impediu o fechamento total. Ele - o tal casado da troca de olhares e risinhos - entrou e a sessão confusão começou. O homem era um polvo. Diz ela que não sabe de onde apareceu tanta mão numa mesma pessoa, porque na mesma hora em que a pegação era nas pernas era no cabelo e era nas costas e era na barriga e era em tudo o que é lugar que se possa imaginar. O tailler engomado virou um pano de chão, todo amarrotado; o cabelo esticadinho com gel pra parecer mais séria do que é e conseguir o tal empréstimo virou um emaranhado só; o baton se espalhou pelas bochechas; o rímel e delineador, cuidadosamente passados pra impressionar com a bela maquiagem viraram um borrão só; a meia fina desfiou e foi parar nos joelhos...
Só depois que voltou a si foi que se lembrou de que todo elevador hoje em dia tem câmeras, e que sabe Deus o que os seguranças viram e continuam vendo, já que deve ter ficado gravado.
Saiu do estabelecimento tão endividada quanto antes, mas numa alegria de dar inveja.
Conto pra outras amigas o fato ocorrido com ela e ouço de outra que já passou pela mesma situação num consultório médico.
Moral da história: o mar pode não estar pra peixe, mas polvo tem em qualquer lugar.

4 comentários:

little star school disse...

Até hoje, tinha a certeza mais do que absoluta, que polvo só existia no mar....depois dessas duas declarações, fico pensando que o mar tá virando sertão e que tá todo mundo emigrando pra modernidade buscando suas sereias...rs...TÊ

Anônimo disse...

Amei colhega!!!

Vc pode ser “triblê” de artista,escritora e artesã ...Ah!!! Virou dona de Pet Shop humano,com sua ração milagrosa,além de amiga do fundo do peito...Nem “Mané doido “num guenta nóis...

Bjs,

Beth

Ana Malfacini disse...

hahahhaahhahahahahahahahahaha!!!

A história é ótima, mas ficou ainda melhor depois de imaginar a nossa querida sujeita na situação.

O amasso valeu cada centavo que ela tá devendo pro povo na cidade...

Um beijo, te amo!

Anônimo disse...

Ei Cancan,saudade de vcs.Adorei o calso do polvo, eu tbém já tive meu Kid-mãos... Ele morreudepois disto, verdade, acho q foi praga minha, rogada pelaantipatia,´pois ao contrário da sua amiga, as oito mãos apareceram nomeio da noite enquanto eu dormia. Empurrei o fofo prá fora da cama, eo piru dele ficou congelado durante um bom tempo. Usava só baby-look,ao invés de camisinha! HAhAHHAAHAHAH!
Beijo. Vivi