domingo, 26 de junho de 2011

DESTINO OU ESCOLHA?

Muita gente não acredita em destino. Eu acredito.
Como explicar um sujeito que para na estrada pra ver um acidente e é atropelado pelo próprio carro? Assim- desceu, puxou freio de mão, engrenou uma primeira, ligou pisca alerta, colocou triângulo, tudo direitinho, e foi pra frente do seu carro ver o caminhão que caiu na ribanceira. Vem uma carreta em alta velocidade e não teve tempo de frear; passou por cima do que tinha pela frente.
Hoje li uma crônica de Laura Mediolli que fala disto, e tem umas coisas que seriam engraçadas se não fossem trágicas. Uma delas: o cara morre atingido por uma tartaruga que caiu do céu.
Num programa de tv passa acidentes incríveis. Teve um nadador que estava treinando e morreu carbonizado. Como? Um avião do exército apagava um incêndio e buscava água no mar com um balde pendurado - encheu o balde exatamente onde estava o nadador e, claro, o piloto não viu, uma vez que o balde ficava embaixo do avião. Carregou a água até o incêndio e jogou com nadador e tudo no meio do fogo.
Mas não é só desgraça não, tem as coisas alegres. Como explicar uns encontros tão bacanas que acontecem entre amores, amigos, pessoas que jamais se encontrariam se não tivessem desligado o celular naquela hora, atravessado aquela rua, ido às compras naquele dia, assistido àquela peça? Tudo e qualquer ato nosso muda completamente nosso destino e o dos outros.
Escolha é o que você faz, destino é o que acontece decorrente do que fez. Acho assim.
Tenho uma amiga que está finalizando o casamento. Escolheu o caminho da coragem, embora a dita cuja lhe falte em alguns momentos e a amiga se desmanche em lágrimas. Natural que seja assim, porque a gente se acostuma e sente falta até do que é ruim.
Sobreviver a uma ou muitas crises no casamento é uma coisa; acomodar ou se apegar a uma matriz de sofrimento é outra bem diferente.
O desencontro deste casal 'tava escrito no destino? Sei lá, ninguém sabe, mas certamente as escolhas que fizeram ao longo da vida levou os dois a viverem a separação. E pode dar a chance ao casal de ter uma vida alegre, amorosa e leve com outros parceiros.
Falo com a arrogância de quem esteve lá - e passei por tanto pra achar meu par nesta vida.
O tempo todo laços se fazem e se desfazem. Um dilema moral nos coloca em dúvida quando desfazemos laços importantes, mas quando isto acontece é porque tais laços já se romperam irremediavelmente.
E é nesta hora que fica mais confortável acreditar no destino e derrubar qualquer culpa - sem se isentar da responsabilidade das escolhas, claro.
E se tinha que ser assim que seja.


4 comentários:

A casa das Mulheres Sábias disse...

Que assim seja!
delícia de pensamentos...
Bj!
Eugênia

Anônimo disse...

Seus escritos me deixam babando,amiga.Queria escrever essas coisas tâo bem.
Beijinho
Ana

Anônimo disse...

EU ACREDITO SIM,NO BOM DESTINO QUE FEZ A GENTE SE ENCONTRAR.
Abços.Beth D.

Anônimo disse...

Dificil é escolher com segurança,querida. Só quem bons amigos sabe dar qualquer passo sem medo. Vou te ligar dia desses. Meu telefone mudou,tá?
Beijo.Liliane