sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

PREGUIÇA

Todo mundo tem ou já teve ou terá. Eu vivo com.
Tem dias que a preguiça é de acordar, n'outro é de trabalhar, n'outro é de conversar - só não tenho preguiça de comer e beber, porque de resto tenho é demais. É meu pecado predileto.
Hoje, por exemplo, minha preguiça-mor é de ser mãe e dona da casa. Ter que pensar em tudo, da empregada que desapareceu sem dar satisfação até o almoço de amanhã dá vontade de sumir, virar pó, sair pra comprar cigarro - e nem fumar eu fumo mais - e entrar pra lista de desaparecidos, voltar daqui a 5 anos sem explicar nem por onde andei.
Dá preguiça até em quem tá lendo, aposto.
E preguiça de gente? Nusga, tem demais. De gente burra então... E daqueles metidos a besta?
Aí vem o coração de manteiga e a preguiça perde pro amor: fiotinha encantadora que liga cheia de "sodade", mãe amorosa que promete vir passar meu aniversário pertinho, amiga-irmã que já comprou a cachaça pra comemorar a vida comigo dia 31 na minha bat-cozinha, marido bacana que prepara lanchinho pra mulher morta de cansaço.
Ah! Com ou sem preguiça viver é muito bom, né não?

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