sábado, 19 de março de 2011

EU, DIMAIOR E A COLCHA


Adiei o quanto pude voltar aos escritos no blog. Andava com o coração apertado, sossegado, preguiçoso, e só gosto de partilhar o que tenho vontade, sem obrigação nem cobrança.
Agora deu. Tô de volta.
Troquei de computador - o meu não digitava o tê, nem o ypsilone, nem os acentos, e ficava uma coisa esquisita ler e ficar deduzindo, então achei melhor dar o tempo pra voltar animada.
Meu ano começou meio atrapalhado, mas bom. Tava ansiosa pra fazer 50 anos, com inveja de quase todas as minhas amigas que passaram desta idade e ficaram ainda mais bacanas. Fiz - sem a sonhada comemoração, mas fiz. E penso que também fiquei mais bacana, que nem elas.
Artur ia fazer 18 e, pra mim, o rito da passagem dele pra maioridade era mais importante que qualquer outra coisa. Comemoramos do jeito que escolheu, com uns poucos amigos, durante o dia, pra que saísse à noite inaugurando seu documento de "Dimaior". Adoro ver ele e os amigos usando as expressões "dimaior" e "dimenor" - tem um que já fez 21 anos e o apelido continua sendo Dimenor. Engraçado, eu acho.
Muita coisa mudou desde o aniversário dele. Vi minha vida passando como num filme, me apeguei à lembrança de meus meninos todos pequenos, do nascimento de Tuti, de meu medo de não vê-lo adulto. Neura de mãe, mas era de verdade. Fiquei felizona por ele e por mim, assistindo ao tal filme e gostando do que vi.
A partir daí me senti mais livre pra algumas decisões, adiadas e adiadas e adiadas... Tem sido uma boa experiência ter todos os filhos adultos.
Ganhei de presente de natal uma colcha de retalhos, feita pelas mulheres da Noiva do Cordeiro. Recebi bem depois de dezembro, porque ainda não tinha ficado pronta. Foi encomendada por meu amigo oculto e muitas se encarregaram de fazer uma peça que fosse a minha cara - alegre, colorida, grande, florida. Ficou linda demais na minha cama. Ainda me pego emocionada quando entro no quarto e dou de cara com aquela cama enorme com tantas cores e boas energias, que as mãos de todas elas colocaram ali.
A colcha representa minha vida, que venho costurando cuidadosamente ao longo de meus 50 bem vividos anos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Olha amiga,confesso ter ficado um tanto decepcionada com a notícia:é que já tem mais de ano que fiz 50(cinquentinha) com todas as honras possiveis, até com direito a uma vaca para registrar o acontecimento para eterninade.E agora voce vem dá uma de bonita, de melhor que eu, e vem contar que ganhou uma colcha de retalhos? Que conversa é essa?Diga a verdade, essa colcha é minha e ponto.
Beijo
Alba

Anônimo disse...

Ei Candida! A colcha ficou alegre mesmo. Lembrei da que fiz para meu enxoval, em 1980, que tinha 440 pedacinhos de tamanhos diferentes formando ondas de 3 camadas...aff!! e medi e cortei tudo milimetricamente perfeito, acho que estava surtada, kkkkkkk. Ainda trabalhava como executiva o dia inteiro, preparava enxoval, etc, etc. Usei-a tanto que enjoei e acabei doando...de vez em quando sinto saudades dela, ehehehehe
Qualquer dia desses vê se aparece aqui em casa com a Beth Motta ou com a Lelena ou sozinha.
Beijos,
Beatriz Flecha

Anônimo disse...

Fiquei com inveja de tudo:fazer 50tinha,Artur lindo dimaior e da colcha.Faz uma prá mim,amiga?Te amo.Saudade.
Ana

Anônimo disse...

Quero deitar nessa colcha com você e Artur e contar muitos causos e rir até a barriga doer.Grande beijo.
Mari