quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

PIANO, SAX , AUTO-ESCOLA

Ganhei um piano. Foi assim - ganhei. Falei pra meu povo daqui de casa que tinha ganhado, eles riram achando que eu tava ficando teretetê e o piano chegou. Simples assim. Tá lá na sala, em lugar de honra, lugar que 'tava esperando por ele. Pronto. Questão fechada. Tava no meu destino ganhar um piano e pronto...ganhei.
Aí acontece o inesperado; no dia seguinte à chegada do piano acordo com um saxofone tocando "cidade maravilhosa". Como assim? Afinal de contas não ganhei um sax; sou fã desde sempre (sempre que tomei conhecimento, digo), mas nunca pensei em aprender a tocar nem nunca tinha visto/ouvido um até me mandar de Itambacuri pra capital.
Então - foi assim - acordei sem entender o que tava acontecendo. O despertador nem tinha tocado e tava eu em estado de graça, ouvindo uma melodia linda às 6:23 da manhã, ou seja, ainda madrugada.
Cheguei na varanda de meu quarto de olhos bem abertos pra ter certeza de que não estava sonhando - e não estava.
Um instrutor de auto-escola tocava de verdade. O aluno não sabia se fazia baliza ou se emocionava com a música. Deve ter feito os dois, porque emocionar seria coisa certa, e fazer baliza seria necessário pra tirar carteira de motorista.
Os pedreiros da obra vizinha não gostaram. Preferem Banda Calypso. Fazer o quê, né? Música saxofonizada seria muito pra eles. Gritaram, xingaram, mandaram parar com aquela viadagem toda. O instrutor de auto escola parou. Rumou pra outro endereço, com ouvintes mais sensíveis.
Parou de ensinar baliza e de tocar sax.
Pena...

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